Reflita comigo!
Quais os caminhos que levam uma venda para chegar à uma operadora de saúde ou odontológica ou qualquer outro produto?
Não me refiro ao caminho tecnológico ou operacional, mas sim, ao impulso de encontrar, conquistar e convencer um cliente a pagar por um serviço que exige muita confiança e acreditar que será bem assistido quando precisar. A impressão nada simpática de pagar serviço enquanto vida ele tiver, tipo, “um crediário eterno”, ainda existe.
Por essas e por muitas outras razões é que posso dizer que a venda tem a tecnologia e a automação como um mero instrumento de ajuda para apoiar o vendedor a conquistar o cliente.
Agora , temos a nova geração de profissionais que, por uma influência das maravilhas tecnológicas que nos chegam diariamente, imaginam que a venda é uma equação lógica, racional e previsível.
Nesta visão infantil da venda, geralmente são colocados os elementos humanos com todas as suas variantes, em um lugar muito abaixo dos sistemas de corretagem, criados muitas vezes por quem nunca teve que visitar clientes para sobreviver.
O vendedor é autônomo e não tem ganhos garantidos e, mesmo que a razão de sua baixa produtividade seja justificável, assim como a doença por exemplo, ele não terá garantias de sua própria sobrevivência.
Sua produção depende exclusivamente de sua força de trabalho.
Mas a força de trabalho que o vendedor poderá ter, está baseado em certos princípios psicológicos motivacionais, existenciais e até espirituais.
Já deu para sentir que não é uma tarefa simples, levantar todos os dias com motivação suficiente para ir até o cliente, apesar de todas as condições desfavoráveis que cercam um profissional de vendas.
São questões familiares, sentimentais e financeiras que perturbam a força interior, responsável pela geração da energia que o move a buscar, seduzir e convencer um cliente que também, por sua vez, passam pela mesma instabilidade mental, como qualquer criatura que vive nesse planeta.
Em todos esses anos que tenho de vendas, nunca vi um tecnocrata aceitar fazer um “estágio” no processo de venda e passar por todas as angústias de um vendedor. Ninguém quer ter experiências práticas, mas falam da venda como se experientes e doutores fossem nisso.
As lideranças de vendas estão repletas de pessoas que conhecem apenas teoricamente a prática milenar da venda e estão tentando traçar rotas que não condizem com os anseios e desejos de quem, verdadeiramente, importa em todo o processo, o VENDEDOR .
Paramos para pensar!
O que realmente importa para você ter:
1- Uma equipe de vendas eficaz e fiel à sua empresa ?
2- Que mecanismos você tem para tomar a iniciativa necessária e o seu time buscar vendas ?
3- Será que você, mesmo não sendo um jovem, realmente entende de pessoas?
E pergunto porquê, o verdadeiro sustentador financeiro da sua empresa é ele, o “VENDEDOR“.
Além de tudo isso!
4- Será que você está sintonizado com os conceitos eternos que movem um ser humano em busca de um objetivo?
Os que insistem em falar em conceitos e técnicas modernas, não percebem que estas são apenas releituras das técnicas e conceitos que sempre existiram e que sempre existirão.
Não há nada novo. O que há é, tudo de novo!
Tudo que vemos hoje e incluo também a tecnologia, são resultados de um trabalho apaixonado de pessoas, que no passado, contribuíram para que você hoje tivesse o que chamamos de, “moderno”.
Todas as civilizações surgiram em cima dos conhecimentos e experiências das civilizações passadas.
Com tudo isso quero dizer quê, mesmo que o nosso habitat atual traduza modernidade, é preciso entender que os princípios humanos de motivação que geram a iniciativa para o trabalho, estão baseados em um conhecimento milenar.
Não tente fazer do vendedor um robô programável que se pode comandar e racionalizar ações e resultados.
Meu conselho é que voltem a pensar e descobrir este profissional humano, movido pela paixão, que sustenta com o seu trabalho, a sua empresa e, consequentemente, a sua vida.
Humanizar é preciso!
E isso pode não parecer moderno mas pode apostar, é uma verdade imutável.
Reflexão:
Menezes (ZumZumZum)